Quando mais quero falar de incompatibilidade, menos consigo.
Quando tenho tudo para conseguir falar dela, fogem-me as palavras.
Se calhar não é incompatibilidade. Se calhar é apenas indiferença, divergência ou não reciprocidade.
Mas se assim fosse, por que razão o foi sempre? Por que razão a satisfação é oculta? Por que razão um sorriso teria de ser arrancado e não o ser espontâneo?
Fala-se de timidez. Quando a confiança é muita, a timidez não existe. Não existe para esconder a mutualidade, a satisfação e os sorrisos.
Eu substituiria timidez por desinteresse.
Quando não se ouve a mesma canção, quando não se ouvem as mesmas teclas, quando não se soltam gargalhadas, o amor apodrece. Este amor é substituído pelo "carinho especial", é substituído por momentos eternos, por momentos que ambos sabem que não irão ser falados tão cedo, nem mesmo antes de dormir. Fica o gesto. Fica a companhia. Fica a amizade. Fica o carinho; o "carinho especial".
Adeus
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