Hoje fiquei a saber que o famoso poeta português, Eugénio de Andrade, era homossexual. É verdade. Todos aqueles poemas cheios de amor que líamos no florescer da adolescência eram todos dedicados a um homem. O amor é, realmente, uma bebedeira de sentimentos interessante. E a ressaca é igual em todas as vitimas. Apesar de ele ter passado a vida a escrever palavras e a descrever momentos que tenha passado com o companheiro, nada transparece essa realidade...O amor é igual em todo o lado, seja de homem para mulher, de homem para homem ou de mulher para mulher. O que é sentido é o mesmo. O que é pensado é o mesmo. E o que se vive...tenta-se que seja o mesmo.
Alguns dos poemas deste romântico:
A boca,
onde o fogo
de um verão
muito antigo
cintila,
a boca espera
(que pode uma boca
esperar
senão outra boca?)
espera o ardor
do vento
para ser ave,
e cantar.
Húmido de beijos e de lágrimas
ardor da terra com sabor a mar,
o teu corpo perdia-se no meu.
(Vontade de ser barco ou de cantar.)
Que me quereis,
se me não dais
o que é tão meu?
se me não dais
o que é tão meu?
É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
Adeus
o prof. de semiótica vai ficar orgulhoso, alguém está atento nas aulas...:)
ResponderEliminarDa maneira que ele aceita a homossexualidade, estou reprovada! ahah
ResponderEliminar