19 de outubro de 2012

Poema da fantástica noite da Receção da UM

Pela segunda vez te vi, 
E só boas coisas ouvi.
Uma boa noite passada, 
A paciência mais que usada.

Rapazes a apreciarem tua beleza,
Com promessas de amor mas com um bocado de incerteza.

Uns grandes sorrisos dados 
E um bêbado carregado,
A casa chegamos, 
Já bastante cansados.

Tua beleza admirei, 
E belo bolo apreciei.

E hoje te digo como prometido:
És linda e era capaz de te amar


Rui Batista




Adeus

17 de outubro de 2012

Será que te conheço?

Começo já por dizer o que me leva a escrever o que se segue. Por muito que pensemos que conhecemos alguém, muito pouco disso é real. Não seria tão precipitada,  mas a verdade é que nunca conhecemos verdadeiramente alguém como pensamos. As pessoas são máscaras, máscaras azuis, amarelas, vermelhas, roxas, brancas e ás vezes até são arco-iris. Algumas delas são pintadas por cima da cor original, outras ainda tentam manter-se iguais ao sempre. Mas a realidade da máscara está presente nos maus e nos bons momentos. Arriscaria dizer que os maus momento são ótimos para ver a tinta falsa a escorrer pela máscara,  mas nos bons momentos também se descobrem artistas cheios de invídia. Mas isso já dava assunto para versão/livro das revistas popularistas Ana e Maria.

Normalmente diria que sou boa a ler gente, até porque me identifico com o Tim Roth no Lie to me, e decerto que tenho aquele dom. No entanto, não sou tão perspicaz como um dia julguei ser. E é aqui que entra a dúvida. Será que te conheço? Será que distingo um sorriso sincero a um mau-estar com o mundo atrás desse sorriso? Não. E nunca uma reposta fez tanto sentido como nesta fase da minha vida.
Para quem acha que os seres carnais são aquilo que aparentam, e não falo de falsidade, mas sim de vergonha ou pouco à vontade de assumir algo, acha mal. Todos temos um lado lunar. Todos temos uma face oculta. E todos temos algo que nos apoquente solitariamente. Mas no dia em que sentirmos que o mundo está a descambar, é necessário abrir o código de leitura a alguém,  é necessário mostrar o sentimento da alma, é necessário dizer ao mundo exterior quem reina no interior.
Há quem tenha o dom de descodificar o código de leitura, mas também há quem tenha o dom de o esconder. Quando isso acontece, só se espera que não seja tarde.



E mais grave do que não ter sido perspicaz em ler-te, foi não ter sido perspicaz em salvar-te.
Descansa em paz, Gil.



Adeus