27 de maio de 2014

And it was you


"This is a game of love
And it was you
The one that would be breaking my heart
When you decided to walk away
When you decided to walk away"


Adeus

25 de maio de 2014

Poucas são nenhumas

Tudo em mim me diz para
Ter saudades tuas, tantas delas e poucas de nenhumas
Tuas, as muitas que nem sentes e que poucas são nenhumas
Minhas, as poucas que não sinto e que poucas são muitas
Nossas, que tuas são poucas e minhas contigo muitas
Tudo em mim me diz
Que o que quero sentir não são só saudades
Quero perdê-las em minutos e ganhá-las em segundos
Quero apagá-las - As muitas que sinto
E aquelas que tu sentes, que poucas são nenhumas

Adeus



21 de maio de 2014

Badly in love

Real in love. Real deal in love. Real deal extreme in love. Real deal extreme badly in love.
Real dead. Real badly dead.
Real alive. Real fucked.
Same thing, my dear.


Adeus

19 de maio de 2014

Ben Whishaw

Sabem quem é? 
A personagem que interpretou Jean-Baptiste Grenouille no filme "O perfume - História de um Assassino", adaptação do livro de Patrick Suskind. 

Caso para dizer:
Come and take my smell. AP*


*Alerta Porca

Adeus

18 de maio de 2014

Tabacaria

" (...) Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa. 
(...)"

Fernando Pessoa
Adeus

17 de maio de 2014

Uma Cidade de Contrastes


Em pleno centro da cidade de Vila Real, são muitos os comerciantes que começam o dia por volta das cinco da manhã.  Vêm de todas as aldeias, com as carrinhas cheias de frutas e legumes e, ao chegar à capital de distrito, expõe os produtos no mercado municipal.

O chilrear dos pássaros funde-se com o som do descarregar das caixas de frutas, as quais são espalhadas pelos passeios, num dos lados da estrada. Podiam ser os únicos sons ouvidos àquelas horas, mas, do lado contrário, assiste-se a um desfile daqueles que ainda nem visitaram a cama. Assiste-se ao desfile da juventude da cidade. Os universitários que enchem as ruas da cidade durante o dia, também enchem cafés e bares durante a noite, na zona do Pioledo, zona vizinha do Mercado Municipal. Para eles, as seis da manhã significam o regresso a casa. A maior parte dos estudantes faz da quinta feira à noite o serão sagrado para descontrair com os amigos, para muitos, esse dia indica o final da semana e o dia a seguir indica o regresso a casa dos pais. 
Quando a diversão se dá por terminada em alguns clubes noturnos, já o relógio aponta as 5 da manhã.

Alguns jovens sentam-se nos bancos próximos das pastelarias e  convivem com os madrugadores que já estão a trabalhar, outros, até vão ao mercado comprar produtos, como frutas, legumes e animais  de campo.

No ar sente-se o cheiro a madrugada e o cheiro a pão acabado de cozer. A Padaria é ali ao lado, a Tugeira. Fica no fundo da rua para quem vem da zona do Pioledo. É conhecida por estar aberta durante 24 horas e é também a padaria mais frequentada pelos jovens. 
Há 30 anos a morar numa das casas rentes à Tujeira, Ana Sousa diz que são raras as noites em que não acorda com o barulho que vem da rua. Fala de grandes grupos que vêm juntos pelo passeio fora, que param na padaria, pedem o costume e levam o lanche na mão, dentro de sacos de papel castanho. Alguns ficam sentados nos passeios a observarem os madrugadores, do outro lado da rua, que se preparam para mais um dia de trabalho.

Ana Sousa diz já estar acostumada aos hábitos dos jovens da cidade e admite que se não fossem os estudantes, a cidade de Vila Real seria muito mais pacata e muito menos desenvolvida.

Também ali no Mercado Municipal fica uma tasca regional bem famosa entre os hábitos dos universitários vilarealenses. A Ruana. A proprietária, D.Emilia, levanta-se às 3 e meia da manhã para preparar a iguaria que, horas mais tarde, serve aos jovens que por lá param. A Canja da Ruana, assim conhecida, faz as delicias dos estudantes que preferem um caldo a um croissant de chocolate da Tugeira.

João Sousa, talhante no Mercado Municipal há 12 anos, conhece bem o sentimento de entrar ao trabalho ainda de noite. Lembra-se desde sempre de jovens a passear por ali, ainda de madrugada. Não o incomoda, afirma, recordando o tempo em que fazia o mesmo.


Adeus



12 de maio de 2014

Cinemagrafias

No meio deste frenesim, ainda há tempo para uma ou duas brincadeiras. Brincadeiras que são também trabalhos para avaliação.



Adeus

11 de maio de 2014

Chove. Há Silêncio

"Chove. Há Silêncio
Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva 
Não faz ruído senão com sossego. 
Chove. O céu dorme. Quando a alma é viúva 
Do que não sabe, o sentimento é cego. 
Chove. Meu ser (quem sou) renego... 

Tão calma é a chuva que se solta no ar 
(Nem parece de nuvens) que parece 
Que não é chuva, mas um sussurrar 
Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece. 
Chove. Nada apetece... 

Não paira vento, não há céu que eu sinta. 
Chove longínqua e indistintamente, 
Como uma coisa certa que nos minta, 
Como um grande desejo que nos mente. 
Chove. Nada em mim sente... 

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"

Adeus

7 de maio de 2014

Instant Crush

"I didn't want to be the one to forget
I thought of everything I'd never regret
A little time with you is all that I get
That's all we need because it's all we can take
One thing I never see the same way around
I don't believe it and it slips on the ground
I wanna take you to that place in the "roche"
But no one gives us any time anymore
You used me once, you fled, looking, it was dark
You made an offer for it, then you ran off
I got this picture of us kids in my head
And all I hear is the last thing that you said

"I listened to your problems, now listen to mine"
I didn't want to anymore, oh oh oh

And we will never be alone again
'Cause it doesn't happen every day
Kinda counted on you being a friend
Can I give it up or give it away?
Now I thought about what I wanna say
But I never really know where to go
So I chained myself to a friend
'Cause I know it unlocks like a door

And we will never be alone again
'Cause it doesn't happen every day
Kinda counted on you being a friend
Can I give it up or give it away?
Now I thought about what I wanna say
But I never really know where to go
So I chained myself to a friend"


Adeus

Nada me resta, do que quis ou achei

"Já não me importo 
Até com o que amo ou creio amar. 
Sou um navio que chegou a um porto 
E cujo movimento é ali estar. 

Nada me resta 
Do que quis ou achei. 
Cheguei da festa 
Como fui para lá ou ainda irei 

Indiferente 
A quem sou ou suponho que mal sou, 

Fito a gente 
Que me rodeia e sempre rodeou, 

Com um olhar 
Que, sem o poder ver, 
Sei que é sem ar 
De olhar a valer. 

E só me não cansa 
O que a brisa me traz 
De súbita mudança 
No que nada me faz. 

Já não me importo 
Até com o que amo ou creio amar. 
Sou um navio que chegou a um porto 
E cujo movimento é ali estar. 

Nada me resta 
Do que quis ou achei. 
Cheguei da festa 
Como fui para lá ou ainda irei 

Indiferente 
A quem sou ou suponho que mal sou, 

Fito a gente 
Que me rodeia e sempre rodeou, 

Com um olhar 
Que, sem o poder ver, 
Sei que é sem ar 
De olhar a valer. 

E só me não cansa 
O que a brisa me traz 
De súbita mudança 
No que nada me faz."

Fernando Pessoa

Adeus

O amor não murchou

Enrolar-me na mágoa
De um passado não vivido
Almofada em água
Por um futuro dividido

Sentimentos perdidos
Não estarão em questão
Não foram prometidos
E vão todos em vão

E os pensamentos?
Que me tocam 
Como se tivessem mãos
Massacram-me em silêncios
E não se perdem, 
Encontram-se vilãos

E agora que a vida
À força me acordou
-Verdade estabelecida-
O amor não murchou

Adeus

4 de maio de 2014

Já lá vão os dias

Oh, meu caro... Já lá vão os dias em que sabia adormecer sem saber de ti. Estão tão distantes que nem ouso procurá-los nas memórias. Não me faças voltar a eles. Não quero voltar a não precisar de ti. Sim, preciso de ti. Por tudo aquilo que sabemos que existe, ou por tudo aquilo que pensei que existisse, preciso de ti. 
Já lá vão os dias em que não precisei.
Não me faças voltar a não precisar.
Não me faças adormecer sem saber do que preciso.
Encontra-te e não vás.
Não vás tu precisar de mim também.
Adeus

2 de maio de 2014

Eu não vivo conformada

Não é a verdade que escondes
É a mentira que marcas
É a realidade enganada
A realidade que abafas

Talvez possa entender
Que as palavras te cortem o ar
Mas tu sabias, tu sabias
Que a ignorância me iria chocar

Palavras que podias dizer
Nem essas cá chegam
E eu? Vejo-me derreter
Neste amor que me pregam

E não é com esta estalada
Que te peço para ires
Eu não vivo conformada
Por muito que o pedires




Adeus 

Is like a pigeon, a big one


Adeus

Tanto

Tanto o que dizer e não saber como o fazer. 
Amanhã, porque hoje já é tarde.

Adeus