27 de julho de 2014

Os casórios do mês

Não deixei de reparar que esta semana foi muita gente a casamentos. Fotos dos melhores vestidos e looks por todo o lado, a mesa mais bem decorada, o bolo mais engraçado e o arroz a voar enquanto os recém casados saem da igreja. Como o número de casamentos desceu consideravelmente podemos concluir que já não estamos habituados a ver gente a casar e os que casam, esses, escolhem "O mês do julho e Agosto" para o fazer. (Sim, porque para a autora desta frase, o Julho e o Agosto são meios meses, daí juntos darem um mês (churrada nº70)). 
Eu se casasse escolhia o 13º mês. E vocês? 

Adeus

A minha Rua

São 11 da manhã e eu estou no meu spot favorito (a cama não entra no concurso), o cadeirão na varanda. A minha rua consegue ser das mais movimentadas de Viana. Sim, parece estúpido mas as pessoas gostam de uma boa pastelaria, de um bom ginásio e de um bom supermercado que dê para fugir às grandes superfícies. A minha rua tem isso tudo. Bem, ao domingo é impossível e é dos dias mais calminhos, agora imaginem. Tias e Tias de Viana a desfilarem por aqui como isto fosse a marina ou o parque da cidade. Umas trazem os filhos pequenos com as bicicletas com rodas laterais para os ensinar a andar, outras vestem-se com roupa de Domingo para irem tomar o melhor café à melhor pastelaria da cidade (é mesmo a melhor). Depois há gente normal, que felizmente é considerada a maioria que deambula por aqui. Calções e t-shirt e bora buscar um pacote de arroz ao supermercado ou meia dúzia de pães à pastelaria. Eu faço parte desta maioria. Esta rua é como se fosse o meu quintal, sinto-me com o privilégio de poder ir levar o lixo de pijama e chinelos. Mesmo assim, não o faço, a última vez que o fiz apanhei um grupo que se preparava para sair à noite e blá, foi constrangedor. Afinal, o que é que o grupo estava a fazer no meu quintal?

 Adeus

25 de julho de 2014

Fotos do swag: NO

Olá pesssoas que andam por aqui a cuscar o meu humilde cantinho. Aviso-vos, desde já, que não me encontrarão vestida com modelitos do swag em fotos dos pés à cabeça. Desculpem não fazer parte da maioria mas a minha cena não é tirar fotos de visuais diários e partilhar com o mundo.

Para quem acha que eu já fui de cruzeiro, não, meus caros, ainda não fui. Quando for, vocês serão os primeiros a ver fotos de todos os dias e de todos os sítios por onde passarei. Esqueçam é fotografias do que vou vestir.
Quanto ao cruze, vai ser belo, belo, belo.
Olhem só o que me espera:



Adeus

24 de julho de 2014

Nasceu-me um sinal



Adeus

É, vai correr bem

Vou viajar de avião pela TAP até Paris dentro de dias e lá vou apanhar uma série de comboios até chegar ao meu destino. O que acontece entretanto? Dois desastres de avião no espaço de uma semana, acidentes de comboio em França com 40 feridos, e, porque não bastava, a TAP cancela quase 40 voos em quatro dias e porquê? Porque estão a trocar os aviões velhos por novos. Oh cara Tap, quem disse que quero fazer o Test drive nos aviões novos? Nãooo, muito obrigada. 
Está a correr bem, por enquanto.
Prometo não pôr fotografia do avião da Tap no instagram a sugerir que ele vai desaparecer.

Atualização: hoje acordei com a notícia: ÚLTIMA HORA: Air Algérie perdeu contacto com avião.

É, vai correr bem. 

Adeus

21 de julho de 2014

Ah, o amor

Ainda não percebi se o Pedro Chagas Freitas é um escritor sério ou se é apenas um empresário da escrita. Ele consegue vender mais o produto dele do que muitas empresas comerciais e claro é que não me refiro ao Continente. Para além de ter uma página própria, onde partilha incansavelmente excertos de textos, consegue apresentar o mesmo tema dezenas de centenas de vezes. Amor. Ele não se cansa do Amor. Como é que alguém consegue escrever tanto e sobre Amor? É inevitável pensar o quão infeliz ele deve ser. Sim, desenganem-se aqueles que acham que só se escreve sobre Amor quando se é feliz. Não. Amor é o tema escolhido ou quando se está apaixonado e não se tem o que se quer ou quando se está apaixonado e já se teve o que se quer. O Amor é tramado, meus amigos. Já o tio Camões dizia: "Ah o amor, que nasce não sei onde, vem não sei como e dói não sei porquê." Grande Tio Camões. Ah, e grande Tio Belmiro, que ainda não foi ultrapassado pelo Chagas Freitas, o empresário romântico. 


Adeus

20 de julho de 2014

Está difícil

Fecha os olhos e lembra-te de como ele era antes do vosso primeiro beijo. Ou de como ele era antes da primeira vez que te tocou. Antes de saber alguma coisa dele, já tinha memorizado a côr do olhos, o sorriso e os tiques. Quando me olhava, sentia que podia viver daquele olhar durante uma semana. Mas nada se compara à primeira vez que ele me tocou. Foi como se fossemos as únicas pessoas na Terra e eu não conseguia imaginar como seriam os meus dias sem ele. Sem aquilo. Sem aquele conforto de alma, de calma, de cumplicidade. Não poderia, depois de tudo, imaginar mais algum momento sem ele.

(...)
Em rascunhos


Adeus

18 de julho de 2014

Talvez não queiram

No dia a seguir de escrever “Nas tardes de Verão” deparo-me com um dia chuvoso. Será algum sinal do universo meteorológico? Engraçadas, estas coincidências. Talvez não queiram que ame o vento a arrefecer-me os bancos. Talvez não queiram que ame o cheiro a oliveira. 
Talvez não queiram que te ame com carinho.
Talvez seja só da minha cabeça.
Talvez tu não queiras.
Talvez seja isso mesmo.
Tudo isso, talvez.

Adeus




11 de julho de 2014

Se um dia perceberes

Se um dia perceberes
Não percebas

Sente mais, percebe menos
Sente aquilo que te derem
Aquilo que de pouco tu dás
Pouco é o que perceberás

Tu, que nunca sentirás 
Tu, que nem o farás
Sente aquilo que te derem
Percebe pouco do que sentes

Perceber é inimigo do sentir
Entender é inimigo do amar
Se um dia perceberes
Nunca mais amarás

Adeus

Em tardes de Verão

Em tardes de verão
Sinto-te perto e no meu ombro
Sinto o cheiro a oliveira
Sinto-te encostado no meu rosto

Relembro palavras e confusões
Relembro-te inteiro, em meias paixões
Tento esquecer palavras em vão,
Tento esquecer gestos e confissões

No céu há mais um caminho
Pintado de ódio e daquele amor
Cheiro-te na memória e no carinho
Que insiste em ficar, sem pudor

Guio o carro pela colina
Onde o sol se divide por tudo
Esconde-se com vergonha da sina
E brilha como se fosse mudo

À sombra o passar do vento
Arrefece os assentos escaldados
Pelo calor que um dia infernou
O céu no lugar dos amados

É em tardes de verão
Que te amo com carinho
Relembro a ilusão
E odeio-te, de mansinho


Adeus