29 de dezembro de 2012

Volta que já se faz tarde

Continuas aqui. 
Continuas a saber que estás aqui e a não saber porquê. 
Continuamos a não saber o porquê de cá estarmos.
Continuamos os dois, imbecis, como todos os outros.

Vem uma música dizer o que pensamos ser.
Vem um filme mostrar o que pensamos representar. 
Mas... continuamos aqui. 
Sabes que por mim continuava.
Sei que por ti também. 
Por que razão ainda aqui estamos, se não for para continuar?  

Volta que já se faz tarde.
O meu futuro espera-nos.
E sabemos que o teu também.



Adeus

28 de dezembro de 2012

Natal

Estendal

Gata Francisca
Luz
Avó
Mãe
Rir para a fotografia é cliché
Esta é a cara dela de: Sou linda e gosto
Egocentrismo e pés da titia 
Pinheirinho de ramos verdinhos
Boas vindas
Eu feia e Ela linda. 
Colina de laranjas e Pai
Eu e o meu piercing. Veio com as meias. 
Adeus

22 de dezembro de 2012

Prazeres da Vida

Eu gosto de escrever e de falar sobre o que realmente importa! No entanto, raramente o faço.
Chegou o momento de relembrar pensamentos altamente uteis.
Vê-se gente a espremer-se por aí com as simples razões de que o Sporting está a morrer ou de que o Benfica anda depenado. Vamos lá avaliar. Não critico quem o faz, até porque sou a favor da diversidade cultural e o mundo também precisa de seres fúteis. Sentir remorso ou felicidade quando se assiste a meia dúzia de músculos andantes com brinquinhos de latão caro é igual a discutir tonalidades de maquilhagem e bolsas da marca “Luís botões” ou “Chánele”.
Conversa de futebol entre dois homens é igual a conversas entre duas senhoras de 70 anos. Eles dizem: “Fomos roubados! O Luisão até ficou careca com o amarelo!” E as senhoras dizem: “E a “saúdinha” vai boa? Este tempo…está frio não está? Mas também já fazia falta. Olhe! Um Santo Natal e que Deus a ajude!” 
Já para não falar das Senhoras que vão aos programas deprimentes da Fátima Lopes com o objetivo de provar a sua honestidade. E como é que fazem? Um Senhor Doutôre espanhol amarra-as a uma cadeira e mede-lhes os batimentos cardíacos! (chamado: "o teste do polígrafo") Pior: Toda a aldeia acredita naquilo.

Aproximando-me da questão principal, o que realmente nos faz sentir bem é fazer aquilo que nos faça sentir bem. Parece óbvio. Mas o que é que nos faz sentir bem? É aqui que entra o meu ponto de vista.
Ainda no outro dia, durante umas tertúlias femininas, foram-me arrancados argumentos sobre o que realmente importa na vida. Ora então, haverá algo melhor que coçarmo-nos quando temos comichão? Haverá algo melhor que beber um copo de água quando se sente muita sede? Haverá algo melhor que aliviar a bexiga após horas de sofrimento? São prazeres insubstituíveis.
Quando alguém vier com a conversa de que está a chover e é chato, ou está frio e é ainda mais chato, relembrem, a esse alguém, as suposições que se seguem. 
Já pensaram na hipótese de sermos proibidos de nos coçarmos? Mesmo quando apertam aquelas comichões nas costas, que para chegarmos lá com as unhas temos de nos torcer todos? E se nos tirassem as mãos? Até nas paredes nos roçávamos! Já pensaram na hipótese de só podermos beber um copo de água por dia? Naturalmente o dilema da bexiga cheia já seria mais fácil de debater...Mas um copo de água por dia não chega nem para dar de beber à saliva.
Eu sei que aquelas conversas futebolistas entre homens e as conversas negativo-religiosas entre senhoras de 70 anos também fazem parte da diversidade! A questão aqui é simples. Esqueçam as futilidades. Comecem a dar valor às unhas, à retrete e ao copo de água. Sem estes três meios de prazer não sei como seria! 

Adeus

21 de dezembro de 2012

As palavras são como rios


As palavras são como rios,
Fluem com chegada marcada,
Fluem como nunca antes fluíram.
Fluem, fluem, fluem…

Esperança invade água já quase passada.

E mais do que querer é querer demais,
Mais do que as palavras são gestos e rosais,
Mais do que vontade não há nada,
Vontade insolente, que é logo cortada.

As palavras são como rios.
Fluem, fluem, fluem…
Fluem com chegada marcada.

Adeus

15 de dezembro de 2012

"Culinár" o telespectador



Já todos tivemos a oportunidade de entrar numa cozinha e de endoidecer o olfacto com sabores que em segundos se transformam em comida no nosso cérebro. 
Já todos vimos televisão. 
Logo, já todos tivemos a oportunidade de entrar numa cozinha televisiva (São premissas verdadeiras que formam o argumento inválido- logicamente impossível, mas fica aqui o registo do meu esforço) 

Foi através deste pseudo conceito que se criaram os programas de culinária. Programas como o "Master Chef, "Top Chef" e essas "chefisses" todas. 

Tentar relacionar as sensações visuais com as olfativas e gustativas que vão sendo criadas pelos telespectadores, não é tão boa ideia como parece.
A maioria das pessoas considera este formato de programas altamente útil. Útil para uma aprendizagem, útil para entretenimento, útil para alguma coisa que pensam que seja útil, ou útil apenas. 
Eis a minha maneira de ver as coisas: Até que ponto é justo para um telespectador ficar a par de todo o desafio que é proposto aos pré-chefes, de todos os ingredientes que são precisos para o processo, dos altos e baixos da elaboração, das criticas dos juris e da prova do pratinho final? Mais injusto ainda é nem sequer provar o resultado final! Ou seja, os júris provam e dizem: "nhami que bom" ou "nhaca que mau" e os telespectadores ficam a salivar no sofá. Isto é como não dar de comer a um gato abandonado depois de lhe esfregar uma sardinha no focinho.
Engana-se aquele que pensa que estes programas proporcionam momentos de boa formação nutricional. Estes programas só deixam o nosso cérebro carente de alimento! Ainda mais carente de alimento, digo. 
Mas depois está claro, há o fator da "fome", que me diz que esta minha teoria só está correta se vocês virem esses programas cheirosos com a barriga vazia. Se os virem sem fome, esqueçam!
Mas se por ventura o telespectador for adepto do pecado mortal "Gula", aí sim, com ou sem fome a minha teoria  fará sempre sentido.
E é isto.


Adeus



11 de dezembro de 2012

Saudades de ti E de ti nada sei

De tanto desejar o improvável...o meu sono prolonga a noite. 
Abre em mim o vazio da solidão. 
-Porquê? Não quero! Estou a dizer que não quero!
Está a acontecer. 
Foge de mim, imaginação fértil. 
Foge de mim, vontade de a ter. 
De tanto Imaginar... Ah, imaginar...viver de olhos fechados aquilo que se quer viver de olhos abertos...
Já sinto saudades de ti E de ti nada sei.

Foge de mim, vontade.
Foge de mim antes que o coração te acompanhe.

Adeus