30 de novembro de 2012

Uma Semana após Zeitgeist

Quando é que o Mundo se vai aperceber que já cheira mal de tanta maldade e manipulação?

Mas depois pensamos para nós: Será que devemos mexer alguma palha? Será que devemos ocupar a mente a pensar naquilo que não está ao nosso alcance, nem nunca estará? Será que devemos dar graças por Portugal não ter petróleo nem outra riqueza alguma? 
A questão do terrorismo é teatral. Se eu analisar a fase em que pensava que o terrorismo era feito por pessoas com algum tipo perturbação, até me sinto melhor. Pior é saber que o terrorismo é um processo artificial da sociedade e que não nasceu do conflito social, foi criado pelo conflito de quem manda! Isso é que é assustador. É assustador saber que há pessoas que se movem só pelo interesse material. Para quê? Será que esses homens acreditam em algum tipo de religião que lhes transmita céu eterno? Claro que sim, só um religioso cria conflito. Mas o importante seria perceber a razão que leva esses homens a quererem unir o mundo todo. Parece um conceito bonito, "unir o mundo todo", mas não é, e só não é bonito porque primeiro, consiste num único interesse maquiavélico, e segundo, porque usam e empurram o conceito de "terrorismo" aos países mais ricos e vulneráveis fazendo com que as pessoas que engolem diariamente essa manipulação acreditem nessa treta.
Poderia ficar horas a escrever sobre isto, mas a minha alma chora por saber que a imprensa é o principal meio de manipulação, quando eu serei, futuramente, uma profissional da comunicação. Ou seja: Estou a tornar-me aliada dos abutres manipuladores.

Talvez os olhos não queiram abrir.
Talvez a manipulação seja um processo inerente à sociedade.
Já não há muito a fazer.
Uns dizem que é treta, outros chamam-lhe "conspirações" e suspiram.
Eu suspiro. Suspiro de tanta indignação, de raiva e ao mesmo tempo de agradecimento. Agradecimento por não ter nascido num país rico em petróleo.

Adeus

18 de novembro de 2012

The knight’s dream - Rui Batista


The knight’s dream

Já todos ouvimos a lenda,
Do cavaleiro que salva a dama,
Presa algures sem ninguém que a defenda,
À espera que alguém a tire daquele drama.

Há quem a deseje alcançar,
Outros preferem ignorar,
No entanto uns irão lutar,
Para esse conto realizar.

Então com olhos cheios de convicção,
E força dentro do coração,
O cavaleiro mergulha no desconhecido,
Para realizar o seu desejo tão querido.

Ele viaja, cresce e aprende,
Sempre procurando a sua dama,
Querendo cumprir o sonho que tanto ama,
E ter alguém que o compreende.

Após muita procura e aventura,
O coração reage perante uma bela princesa,
Após tanto esforço e procura,
Poderá ele ter encontrado o que tanto deseja?


As duas almas vão-se aproximando,
O cavaleiro sempre defendendo,
Aquela que faz o seu coração bater,
Pela qual ele daria tudo o que possa ter,
E faria tudo o que ela pudesse querer.

Até que um dia ele reúne a sua força,
E conta a lenda para a sua princesa,
Quase que salta de surpresa,
Quando ela diz que também deseja a lenda.

Então ele confessa quem ele quer,
Que fique com ele para realizar a lenda,
Prometendo protege-la de quem a ofenda,
Mesmo que a sua força venha a desaparecer.

O sorriso da princesa esvaneceu,
E a sua expressão empalideceu,
Em lágrimas disse que não poderia acontecer,
E vira costas, pronta para sair a correr.

Antes de ela se esconder,
O cavaleiro implora “porque?”
E a princesa só consegue responder,
“Tu não és o príncipe que eu quero ter…”


O cavaleiro jaz de joelhos no chão,
A sua armadura desfeita pela desilusão,
Sua espada quebrada pela força da situação,
Lá ficou no chão, sem conseguir qualquer reacção

Uma única pergunta está na sua mente,
“ O que faço agora, com o sonho perdido?”
Voltar para a princesa e por ela lutar?
Seguir seu caminho e outra alma procurar?
Ou desistir do sonho e pelo mundo vaguear?
O coração baterá sem sentido,
Enquanto uma resposta a alma não encontrar.

 Rui Batista


(não sei como admites isto, natinho)
Adeus

3 de novembro de 2012

Scar Tissue

Quando mais quero falar de incompatibilidade, menos consigo. 
Quando tenho tudo para conseguir falar dela, fogem-me as palavras.
Se calhar não é incompatibilidade. Se calhar é apenas indiferença, divergência ou não reciprocidade. 
Mas se assim fosse, por que razão o foi sempre? Por que razão a satisfação é oculta? Por que razão um sorriso teria de ser arrancado e não o ser espontâneo? 
Fala-se de timidez. Quando a confiança é muita, a timidez não existe. Não existe para esconder a mutualidade, a satisfação e os sorrisos. 
Eu substituiria timidez por desinteresse. 
Quando não se ouve a mesma canção, quando não se ouvem as mesmas teclas, quando não se soltam gargalhadas, o amor apodrece. Este amor é substituído pelo "carinho especial", é substituído por momentos eternos, por momentos que ambos sabem que não irão ser falados tão cedo, nem mesmo antes de dormir. Fica o gesto. Fica a companhia. Fica a amizade. Fica o carinho; o "carinho especial".


Adeus