11 de julho de 2014

Em tardes de Verão

Em tardes de verão
Sinto-te perto e no meu ombro
Sinto o cheiro a oliveira
Sinto-te encostado no meu rosto

Relembro palavras e confusões
Relembro-te inteiro, em meias paixões
Tento esquecer palavras em vão,
Tento esquecer gestos e confissões

No céu há mais um caminho
Pintado de ódio e daquele amor
Cheiro-te na memória e no carinho
Que insiste em ficar, sem pudor

Guio o carro pela colina
Onde o sol se divide por tudo
Esconde-se com vergonha da sina
E brilha como se fosse mudo

À sombra o passar do vento
Arrefece os assentos escaldados
Pelo calor que um dia infernou
O céu no lugar dos amados

É em tardes de verão
Que te amo com carinho
Relembro a ilusão
E odeio-te, de mansinho


Adeus

Sem comentários:

Enviar um comentário