26 de setembro de 2012

Homossexualidade

Hoje fiquei a saber que o famoso poeta português, Eugénio de Andrade, era homossexual. É verdade. Todos aqueles poemas cheios de amor que líamos no florescer da adolescência eram todos dedicados a um homem. O amor é, realmente, uma bebedeira de sentimentos interessante. E a ressaca é igual em todas as vitimas. Apesar de ele ter passado a vida a escrever palavras e a descrever momentos que tenha passado com o companheiro, nada transparece essa realidade...O amor é igual em todo o lado, seja de homem para mulher, de homem para homem ou de mulher para mulher. O que é sentido é o mesmo. O que é pensado é o mesmo. E o que se vive...tenta-se que seja o mesmo. 



Alguns dos poemas deste romântico:


A boca,
onde o fogo
de um verão
muito antigo
cintila,
a boca espera

(que pode uma boca
esperar
senão outra boca?)

espera o ardor
do vento
para ser ave,
e cantar.


Húmido de beijos e de lágrimas
ardor da terra com sabor a mar,
o teu corpo perdia-se no meu.

(Vontade de ser barco ou de cantar.)


Que me quereis,
se me não dais
o que é tão meu?


É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.



Adeus

2 comentários:

  1. o prof. de semiótica vai ficar orgulhoso, alguém está atento nas aulas...:)

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  2. Da maneira que ele aceita a homossexualidade, estou reprovada! ahah

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