22 de dezembro de 2012

Prazeres da Vida

Eu gosto de escrever e de falar sobre o que realmente importa! No entanto, raramente o faço.
Chegou o momento de relembrar pensamentos altamente uteis.
Vê-se gente a espremer-se por aí com as simples razões de que o Sporting está a morrer ou de que o Benfica anda depenado. Vamos lá avaliar. Não critico quem o faz, até porque sou a favor da diversidade cultural e o mundo também precisa de seres fúteis. Sentir remorso ou felicidade quando se assiste a meia dúzia de músculos andantes com brinquinhos de latão caro é igual a discutir tonalidades de maquilhagem e bolsas da marca “Luís botões” ou “Chánele”.
Conversa de futebol entre dois homens é igual a conversas entre duas senhoras de 70 anos. Eles dizem: “Fomos roubados! O Luisão até ficou careca com o amarelo!” E as senhoras dizem: “E a “saúdinha” vai boa? Este tempo…está frio não está? Mas também já fazia falta. Olhe! Um Santo Natal e que Deus a ajude!” 
Já para não falar das Senhoras que vão aos programas deprimentes da Fátima Lopes com o objetivo de provar a sua honestidade. E como é que fazem? Um Senhor Doutôre espanhol amarra-as a uma cadeira e mede-lhes os batimentos cardíacos! (chamado: "o teste do polígrafo") Pior: Toda a aldeia acredita naquilo.

Aproximando-me da questão principal, o que realmente nos faz sentir bem é fazer aquilo que nos faça sentir bem. Parece óbvio. Mas o que é que nos faz sentir bem? É aqui que entra o meu ponto de vista.
Ainda no outro dia, durante umas tertúlias femininas, foram-me arrancados argumentos sobre o que realmente importa na vida. Ora então, haverá algo melhor que coçarmo-nos quando temos comichão? Haverá algo melhor que beber um copo de água quando se sente muita sede? Haverá algo melhor que aliviar a bexiga após horas de sofrimento? São prazeres insubstituíveis.
Quando alguém vier com a conversa de que está a chover e é chato, ou está frio e é ainda mais chato, relembrem, a esse alguém, as suposições que se seguem. 
Já pensaram na hipótese de sermos proibidos de nos coçarmos? Mesmo quando apertam aquelas comichões nas costas, que para chegarmos lá com as unhas temos de nos torcer todos? E se nos tirassem as mãos? Até nas paredes nos roçávamos! Já pensaram na hipótese de só podermos beber um copo de água por dia? Naturalmente o dilema da bexiga cheia já seria mais fácil de debater...Mas um copo de água por dia não chega nem para dar de beber à saliva.
Eu sei que aquelas conversas futebolistas entre homens e as conversas negativo-religiosas entre senhoras de 70 anos também fazem parte da diversidade! A questão aqui é simples. Esqueçam as futilidades. Comecem a dar valor às unhas, à retrete e ao copo de água. Sem estes três meios de prazer não sei como seria! 

Adeus

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