11 de março de 2014

O meu lugar é sempre onde não estou

Há dias em que a vontade de arrumar os trapinhos da Vila encantada é intensa. 
Quando lá não estou, tenho preguiça de lá voltar. Quando lá estou, só me apetece ficar.
Talvez o que queira é ir embora, mudar de ares, conhecer outros nomes, odiar outras caras e amar outros corações. Talvez o que queira mesmo é dormir na minha almofada, passar o dia nas minhas aventuras por outros costumes, jantar com os meus pais, tomar café com os meus- aqueles que a universidade me apresentou - e à noite, voltar à minha almofada. Mas não vai ser assim. É certo que não será assim tão fácil. É certo que a minha almofada terá de ser outra daqui a uns meses e os jantares com os pais, esses, serão menos frequentes.
E ele? Gostar dele talvez influencie, ou não, nunca sabemos bem o que queremos, mesmo quando temos tudo nas nossas mãos, quanto mais quando as temos vazias...
Quero sair. Aqui não é o meu lugar. O meu lugar é sempre onde não estou. 
Vivo de saudades e o mais certo é morrer delas.

Adeus






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