17 de setembro de 2015

O número é o mesmo

Estava com medo que nunca mais viesses aqui. Estás aí. Eu sei que estás aí. Foges de tudo, não é? 
Sabes que te vão dizer as mesmas palavras até deixares de seres como tens sido. Não interessa. Não é isso que quero que saibas. Sábado é para nós, sabes? Mais para mim do que para ti, é verdade. Tu lembras-te do primeiro, tal como eu. E do segundo, que a garcia atirou para praça pública. Vão estar todos lá, em papel. Todos. São teus, e tu sabes. São nossos. Quero saber de ti. Nunca te senti tão longe. Onde paraste, desta vez? Continuas a cozinhar às 4 da manhã? Continuas a ser a Consuela que todos querem ter em casa? Continuas a respirar alto e a falar à tenor? Continuas a ver o Hollywood enquanto passas a língua na mortalha e a ostentar o nariz como nada fosse? Continuas a ser irónico, arrogante e insolente, como o pavão um dia disse? Liga-me, o número é o mesmo.

Adeus

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