9 de novembro de 2013

Doce Côco VII

Não me perguntes se cá estou, pergunta-me onde estou. 
Não digas que aqui vens, vem, só.
Não digas que chegaste, tremo até à porta.
Não te sentes aí, já sabes que podes.
Não tentes cheirar-me o nariz, já me conheces.
Não faças silêncios, é neles que me perco.
Não queiras beijinhos, dá-mos, sem pedires. 
Não sejas encantador, já me meio encantaste.
Não adormeças, a manhã espera-nos.
Não faças perguntas, não tenho as respostas. 
Não vás, vai.
Não te arrependas, eu faço-o pelos dois.
Não voltes, fica.
Não sintas saudades, elas não existem.
...
Não me perguntes se cá estou, pergunta-me onde estou.
(...)

Adeus

Sem comentários:

Enviar um comentário