4 de novembro de 2014

Liberdade é decisão - Vamos jantar?

Haverá algum dia melhor do que aquele em que o pequeno almoço é tomado em casa e o jantar é servido na rua?
Adoro jantar fora. Adoro experimentar aquele restaurante novo que abriu na baixa. 
Jantar fora é bom mas tomar o pequeno almoço em casa é melhor, de preferência com alguém que não queremos que saia da nossa vida tão cedo. Café quente, torradas crocantes, remelas e olhares de quem sabe muito mas não fala. 
Talvez seja por isso que gostamos tanto de dias de folga. Para além de não termos horários nem para isto nem para aquilo, os que temos podem ser partilhados com quem amamos e isso nem sempre acontece durante o resto da semana. Num dia de rotina é bem possível que o pequeno almoço não seja tomado com a companhia desejada. É bem possível que, à noite e já depois desse dia, não se "tenha cabeça" para ir jantar ao restaurante da baixa e o "juntos" passa a ser um assunto não tão na ordem do dia.
Estar junto é bom e os dias são bons quando estamos juntos. Será por isso que estamos juntos? Claramente, diria já. Será que o pequeno almoço nos sabe tão bem por ser partilhado? Será por, aquando chega a noitinha, podermos decidir ir jantar ao restaurante da baixa ou ficar ali mesmo, por casa?
Ter liberdade é isso mesmo. Decidir o que fazer. Eu tenho a liberdade de fazer o que bem entender. Posso comer o que quiser, ir onde quiser, ler o que quiser, dormir onde quiser e com quem bem me entender. Vivendo em Belém posso, perfeitamente, ir aos pastéis todos os dias e de seguida ver o sunset lisboeta no melhor spot com a Torre a cortar os raios. Posso. Sou livre só por poder fazê-lo. 
O mais curioso disto tudo é que sou capaz de me sentir muito mais livre quando decido não o fazer. Liberdade é isso mesmo. Decidir. Liberdade é saber que posso fazer tudo e decidir não fazer nada. Liberdade é decidir, não é poder. 
Quanto ao "juntos", não, não há nada mais liberto do que poder escolher com quem quero partilhar o pequeno almoço.
Não há nada mais liberto do que convidar-nos para jantar, em casa ou no restaurante da baixa. Não há nada que me transmita mais liberdade do que as decisões que vou tomando e tu és isso mesmo, uma decisão de liberdade. Da minha toda ela: liberdade.

Agora pára de ler este meu texto corrido, escrito a horas indecentes mas cheio de ideias soltas, e vamos jantar. 
-Aqui em casa ou naquele restaurante que abriu na baixa?



Adeus

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