Amesterdão - Guia de como se apaixonar por uma cidade

Ansiosos com aquilo que nos esperava, lá fomos nós, os quatro mosqueteiros.

Voo noturno, primeira vez a voar na Transavia e só tenho a dizer duas coisas: Modern Family nos ecrãs a compensar as fardas mais horrendas de toda a história das transportadores aéreas. Estão a ver aquele azul forte com aquele verde da máscara do Jim Carrey? Isso mas muito pior. Pior porquê? Porque não havia nenhum hospedeiro chamado Jim Carrey.

Iupi, chegamos. 

Primeira fotografia - não fosse eu uma ferrinha - à porta do aeroporto. Que btw, é enorme. ENORME. O avião aterrou e estivemos uns 20 minutos a estacioná-lo. Bem, nós não. Os pilotos. 

Hello Goodbye Bar, o bar que nos acolheu durante aquelas tenebrosas horas de espera.

Sim, é um livro gigante. Não, não pertence ao bar. Pertence ao Miguel.

Sim, enquanto uns lutam pelo peso da mala, outros levam enciclopédias à campeão.

Quando chegamos, finalmente, à nossa lovely lovely home, arrochamos a melhor das camas, dissemos um até já à cidade e fomos percorrer os sonhos que não tínhamos percorrido na noite anterior.

Melhor casa, melhor vista, melhor rua, melhor supermercado e piores sirenes de ambulâncias que acordam tudo e todos seja a que horas forem.

Saltar de casa e "bora" lá explorar a cidade.

Fomos andando, como o armando, sem rumo nem destino específico.

Decidimos parar em algum sitio, olhamos para um lado e vimos a "De Dampkring Coffeeshop"

. 

É que foi mesmo ali.

Vamos a preços?

O bolo custou uns sofridos 7,30€ e o chá 2,20€.

Continuo a achar que o chá estava minado.

Se há coisa que é normal é ver gatos por todos os balcões daquela cidade.

Este chama-se Bowie. 

Ai, Burger King, tenho tanto para contar sobre ti.

Dia 2. 

"Ah e tal, vamos ver a casa Anne Frank".

Chegamos lá, fila com mil e vinte e quatro pessoas e... desistimos na hora.

Conforme íamos percorrendo a rua e vendo o tamanho da fila iam-se ouvindo comentários do género: "Também...só se deve ver o quarto dela...nem janelas tem...por isso.".

 Sim, esta é a fila e aquela é a igreja de que o Diário de Anne Frank fala. Está sempre a dar o ar de sua graça com umas músicas nostálgicas. Eu acho que é para as pessoas que lá passam pensarem no quão difícil seria estar trancada e ouvir apenas aqueles sinos. 

Moving on.

 Madame Tussaud holandês. 

Não entrei. Não vi. Nem me arrependo.

Preço: 22,5€

Eu e um amigo urso na loja onde compramos os bilhetes para ir visitar metade de Amesterdão.

A loja mais mindfuck de sempreee.

A bela da cidade.

Há muitos, muitos, muitos sítios onde ir em Amesterdão mas nós demo-nos ao luxo e à ousadia de irmos duas vezes ao mesmo.

Quê? Gostamos do Monico. (Sim, é o nome)

Ficava no centro de não sei bem o quê. (Eu não sei precisar porque o centro é gigante.) Tem uma vista citadina e luminosa e tinha música de qualidade.

Ouvi lá Nina Simone. 

Suficiente.

Preços: Hot chocolate: 3€

Cerveja Duvel: 4,5 €

Tenho tanto para dizer em relação a esta cara mas fico-me por: "Uma nêsperaaaa (...)"

Ice Xtrem Cold Bar

Sim, aconteceu.

 Compra-se o bilhete, marca-se um horário e voilá. 

O horário que é marcado obrigou-nos a estarmos lá 20 minutos antes de entrar para o bar gelado.

Na entrada tivemos direito a uma bebida cocktail e enquanto se esperava para entrar no Ice Cold Bar viu-se um filme de apresentação sobre o que nos esperaria lá dentro.

Põe uma curta de apresentação sobre como é a vida no gelo e fazem daquilo o drama, a tragédia e o horror.

Tim, tim, tim. 

Falam em holandês e chega a nossa vez.

Fizeram-nos vestir uns casacões por cima dos nossos casacões (imaginem uns chourições com pernas). Quais modelos de passerelle quais quê. 

Lá dentro tínhamos direito a duas bebidas servidas em copos de gelo (cerveja ou sumo). 

Espaço a 9,5 /9,6 graus negativos. 

Mãos congeladas. Pés congelados. Tudo congelado.

Eles não quiseram estar lá nem meia hora.

Eu tinha ficado mais um bocado porque até estava a gostar.

Se valeu a pena o dinheiro? Não. 

Só valeu se um dia quiser dizer ao mundo que já fui submetida a quase dez graus negativos. Ou seja, podia ir ali até Bragança e servia-me.

Preços: Entrada: 13,5€ (3 bebidas)

Bebida: Sex on the beach

Bebida: Strawberry Cheesecake

Estou para aqui com brindes mas nem acabei de bebê-la.

A apresentação do drama.

Os Casacões.

O bar.

Sim, o bar muda de côr. Qual bclub qual quê.

Eu e um urso. Again.

Museu do Sexo.

Preço: 4€

Sim, são bolos.

Esta escultura deitava ar.

Foi engraçado.

O Miguel atento à história de toda a indústria cinematográfica.

Outro sitio onde paramos:

Mellow yellow.

O bolo era mais barato 30 cêntimos mas os empregados não foram muito simpáticos.

À saída, e já depois de estarmos a comentar precisamente isto na mesa, viro-me para o empregado e digo: "Bye, thanks" ao que ele me responde, a piscar o olho: "Até à próxima."

TSIPO. 

Para além de ter sido creepy, porque esteve a ouvir a nossa conversa e não disse nada, foi mais uma daquelas situações em que nos apercebemos de que se fala português em todas as esquinas deste mundo.

Impacto

Entramos nesta loja para fazermos umas comprinhas e ver umas coisas variadas e deparo-me com este gato no chão.Vou logo toda lampeira a dizer: "Oh, este gato é holandês, não vai perceber o que digo.". O dono ouve-me e diz em português e em bom som: "Esse gato é italiano, por acaso."

Soltamos gargalhadas.

Desta vez soube bem ouvir a nossa língua.

Uma loja holandesa, com gato italiano e um simpático dono português.

Red Street Light

Sim, é de graça.

Como é que hei-de explicar....

É toda uma rua cheia de gente, bares e casas de frescas.

Parecem as festas da agonia só que com montras mais nuas.

Excalibur Bar

É um café dedicado ao rock e aos Motards. Boa música e preços acessíveis, tendo em conta que se está na Rua vermelha.

Eu acho que é para o pessoal poupar para depois gastá-lo doutra forma.

Preços: 

4 Heinekens : 10 €

Heineken Experience

Preços: 16,5 € 

(3 bebidas, brindes, brindes e brindes)

Melhor apresentação 4D. Até com chuva levamos na cara. 

Brinde em Holandês: PROOST!!

Canta, miguel, canta.

Aprender a tirar um fino.

Dá-lhe.

Este chão movia-se.

Outro bar, mais bebidas.

Bebidas que nunca cheguei a beber.

Lindo como nunca antes.

  

Park Plaza Vondelpark

Alugamos uma bicicleta para podermos deslocar-nos mais rapidamente.

Descobrimos um parque lindo, lindo, lindo.

Foi o meu dia favorito.

Preço da bicicleta: 15 euros/24horas

Jajão.

Uma hora de barco pelos canais de Ams.

Valeu mais do que parece pela minha cara. 

Era de manhã, dêem um desconto.

Valeu tanto a pena. 

Preço: 11€

A bela da cidade

Paradox 

Esta mais potente do que as outras duas, segundo o google.

Um bolo tem normalmente 1g de cenas, nesta coffeeshop tem 1,23g.

Rijksmuseum

O MUSEU de Amesterdão.

Ir a Amesterdão e não ir a este museu é como ir a Roma e não ver o Papa. 

Ou seja, não é tão mau assim de se perder.

Para quem aprecia arte e consegue estar quatro horas dentro de um museu, força. 

A exposição centra-se em obras de muitos artistas holandeses e de Rembrandt Harmenszoon, o mais importante pintor holandês. É considerado um dos maiores nomes da história da arte e, por muitos, o maior pintor de todos os tempos.

Preço: 17,5€

Teto mindfuck 

Lupa Capitolina

Been there, saw that.

O zé muito atento a toda a confusão que para ali vai.

Hello, Mr.Van Gogh.

Self portrait Vincent van Gogh

Esta vaca leiteira não é uma vaca qualquer.

Dá leite e manteiga.

Que vaca tão meiga.

A Cláudia interessadíssima na batalha que ali vai.

Tum, tum, tum. *Inserir dramatic close up* para os olhos brancos daquele boneco.

Selfie cara, esta.

Esta senhora estava com cara de: "Diz-me porquê pelo amor de deus, eu não mereço"

 Melhor quadro de sempre.

A Cláudia diz que os irmãos estão mortos. 

Eu digo que o bebé é rapper e o Miguel diz que o bebé é o Eminem. 

Miguel, o que é que a senhora estrábica está a fazer com a mão?

Olha o Camões. Só que não.

Costas, como em 20% das fotos.

The Milkmaid - Johannes Vermeer

Portrait of lizzy ansingh

Isto era uma curta que consistia num homem a chorar e tinha o nome de:

"I'm too sad to tell you"

Ri-me, na ironia.

Um vestido Yves saint Laurent que nos fez subir até ao 3º piso do museu.

Me diz porquê pelo amor de deus, eu não mereço.

Moving on

A parte da frente estava cheia de gente para tirar foto. Eu, como sou genius, tirei ao contrário e agora inverto no pc.

Palmas para mim.

Ele está a odiar-me com todas as forças.

Vai zé. Vai zé.

Última noite?

Jantar numa tasca portuguesa com mais 20 portugueses.

Bitoque, Superbock e café Delta.

Fun, fun, fun.

 Já estive em muitas cidades europeias e só agora consigo perceber o encanto que Amesterdão tem em relação às outras capitais.

Não falo da legalização de certas e determinadas práticas, falo da maneira de como as pessoas daquela cidade vivem.

É uma cidade muito tranquila. Andei a semana inteira com duas nikon ao peito e sentia-me segura.

Não houve uma situação de desconforto, não houve abordagens mais estranhas por parte de desconhecidos.  Não houve algum momento em que nos tenhamos sentido mais desconfortáveis.

As pessoas estão concentradas em fazer a sua vidinha, estão concentradas em divertirem-se, em trabalharem e estão concentradas em aproveitarem isso tudo ao máximo, estando chuva, sol, ou muito, muito frio.

Veem-se mais bicicletas do que pessoas, é um facto.

Há uma organização brutal no que toca ao trânsito entre bicicletas e carros. No entanto, há sempre um maluco que passa o vermelho e ouvem-se algumas buzinadelas.

Há uma paz na cidade que não vi em mais nenhuma cidade europeia.

Não há comida típica holandesa porque a população vive das comidas típicas do resto do mundo, das pessoas que lá habitam.

A Holanda é dos países que acolhe mais culturas no mundo.

Curioso pensarmos que um país com tanto choque de culturas...seja um dos países mais calmos da europa. 

A guerra não é provocada pelo choque de culturas. 

É provocada pelas pessoas, pelas mentalidades.

tum, tum, tum.

AMS <3

Adeus